sábado, 4 de agosto de 2007

não fui eu, foi meu "eu lírico"

É difícil pra uma pessoa que tem todo seu lirismo escondido (até dela mesma), deixá-lo transparecer e pasme: opinar. Meu “eu-lírico” costuma aparecer antes de dormir, eu logo fecho os olhos e acabo nem dando muita atenção a ele. Não lembro de muita gente que o tenha visto. E se duvidar, ninguém jamais o viu.
Ultimamente ele tem dado as caras em momentos inoportunos. Eu tento controlar, mas não sou só eu que mando. A gente se divide: aquilo que todos vêem e aquilo que tudo vê. Não sei o motivo de sua chegada, nem sei como fazê-lo ir para bem longe. Seu controle sobre mim me impede até de saber se é mesmo melhor ele ir. Ando cheia de tanto vazio. Ou seria vazia por estar cheia?
O “eu-lírico” me enche de dúvidas, hipóteses, teorias e probabilidades. É o que basta para eu não saber se eu me engano, engano ou sou enganada. Aquilo que visita todas as mulheres, todos os meses me deixa irritada, irritante e irritável. Mas definitivamente, não é a causa de tanto lirismo.
Não sei se é uma questão de escolha ou tempo. Se é uma fase ou uma transição.
O pior é que algumas coisas não dependem de mim e mesmo assim me consomem... Outras dependem, é verdade, mas nem sempre meus olhos estão abertos a ponto de olhar os outros olhos. Talvez seja o “eu” que me cegue. Ou será que é ele quem me abre os olhos?

- É, você percebeu...ele se mete até no blog ¬¬