terça-feira, 22 de abril de 2008

High Fidelity

Top 5 do porquê sou uma pessoa melhor

1- saí da comunidade "defenestradores" por causa da menina Isabella. e foi porque eu estava me sentindo culpada, não porque pensei que pudessem me acusar de alguma coisa.

2 - comprei, com o meu salário, Franny & Zooey (o livro do mesmo autor do meu livro favorito e que dizem ser melhor, mas eu duvido).

3 - vou comprar, não com o meu salário, uma caneca térmica e poder tomar 400 mL de café/capuccino quentinho e até de suco de abacaxi e/ou melancia gelado no meu trabalho.

4 - entrei na farmácia e pedi 10 reais em cartelinhas de neosaldina, como se fosse bala.

5 - minha tpm passou

segunda-feira, 14 de abril de 2008

comentário aleatório

muito tempo no ônibus, sentada, sozinha e em silêncio me fazem pensar que Her Majesty (de uns meros 40 segundos, bônus oculto final do Abbey Road) e Girl dos Beatles foram escritas pra mesma menina.
uma antes de "pegar" e a outra depois. respectivamente.

mas isso foi só um comentário.

PS: penso também que a menina só quis ficar depois ouvir a primeira música. eu ficaria. ou não.
PS²: não fui atrás das histórias das músicas, então se não for, não destruam minha ilusão.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Para ler ao som de "New Soul" - Yael Naim

meu filmedesenho favorito da infância sempre foi peter pan e por mais que eu fosse bem pequena - daquela idade em que a maior preocupação é o final do cocoricó e o começo do castelo rá-tim-bum - eu sempre ficava muito triste depois de assisti-lo. tá, não triste como ficava quando assistia o rei leão e o pai do simba morria, não, era uma tristeza diferente. quase um vazio. ficava pensando que, em algum momento da minha vida, eu seria a wendy e iria crescer. que não existia terra do nunca e que, por mais que existisse, nenhuma sombra viria me buscar pra levar pra lá (e se levasse, me traria de volta). eu sempre tive medo de crescer.
os anos foram passando. as preocupações mudando. primeiro as boas notas em ciências e matemática, quem iria me tirar para dançar música lenta, viagem de formatura, roupa para as festas de 15 anos... roupa para ir ao colégio, presente de 2 meses de namoro do namoradinho, boas notas em física e biologia, convite vip para a balada que todo mundo vai, como terminar com o namoradinho... publicidade ou jornalismo, viagem do carnaval, começo do terceirão... simulados, vestibulares... como ir no primeiro dia da faculdade, trote, festas... primeiro trabalho (assalariado - a como prefixo de negação), optativas, extensão...viagens, vinhadas, francês no sábado de manhã...
não faz muito tempo e algumas preocupações de lá daquele tempo mais distante, continuam. talvez não como prioridades, mas, de fato, estão aqui. nessa quase bagunça que ninguém pode encostar.
mas agora é tudo um tanto diferente. corro da aula pras aulas de direção. e eu não sou muito direta e, por vezes, não sei muito que direção seguir (acreditem: isso se reflete no trânsito). o movimento que eu mais faço é tirar o celular do bolso e olhar as horas. não uso relógio de pulso para não me sentir tão escrava do tempo. e eu sou. sento e trabalho. a tarde toda. 5 horas. que, às vezes, passam como 1 hora e às vezes como 12. me sinto responsável, adulta. sei de shows, cinema e teatro. quero ir em tudo. quero tudo ao mesmo tempo. mas fico cansada e acabo não querendo escolher um só. não vou a lugar algum. ou vou.
saio do escritório me sentindo com 30 anos e é o máximo. coloco os fones de ouvido, música alta. sempre a perfeita pro momento. uma quadra e meia das ruas ruins de atravessar. sinto-me com uns 12 anos. às vezes atravesso correndo, mesmo sem vir nenhum carro em minha direção. em alguns dias, tomo café depois do trabalho. em outros, chego em casa e como um danoninho ice. no palitinho e tudo. também é o máximo. não é o medo de crescer. ou é. eu nunca vou saber.
hoje foi diferente de tudo que aconteceu. antes de eu ir embora, recebi meu primeiro salário. o primeiro dinheiro meu, do meu trabalho. foi uma mistura de êxtase com choque. mais ou menos como um "cresci". e não foi tão ruim. não foi nada ruim. e o primeiro pensamento foi quase como um banho de água fria "o que que eu vou comprar?". Ora, se eu fosse adulta, logo pensaria em "preciso guardar".
mas ah, é o primeiro.
vai saber...

PS: e agora que eu cresci, aprendi a não me importar mais com coisa mínimas.
PS²: (1o de abril hahaha)